A hipermetropia é um distúrbio refrativo bastante comum e produz dificuldades para enxergar de perto. Fisiologicamente falando, o problema ocorre quando a imagem nos olhos se forma depois da retina ao invés de em cima dela, dificultando o processamento da imagem no cérebro.
Neste caso, não há nenhuma dificuldade em ver objetos a longas distâncias. No entanto, à medida que o objeto vai se aproximando, tudo vai se tornando mais embaçado.
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 65 milhões de brasileiros sofrem de hipermetropia. O desvio é ainda muito comum em crianças em fase escolar.
Existem dois tipos de hipermetropia.
Em pessoas normais o globo ocular e a córnea possuem os formatos perfeitos para que a luz que entra pela pupila seja direcionada exatamente para a retina. Quando por algum motivo isso não acontece da maneira esperada, surgem os erros refrativos.
Geralmente pacientes com hipermetropia possuem o globo ocular um pouco mais achatado ou a córnea plana, o que, conforme vimos, levando a formação da imagem posterior à retina.
As principais causas para tal distúrbio são problemas da anatomia do olho, o que tem forte relação com fatores genéticos.
Além disso, o problema é muito comum na terceira idade, devido a alterações da consistência do cristalino.
A dificuldade de enxergar de perto é o principal sintoma, porém, podemos citar ainda:
Assim como é o caso dos demais erros refrativos, existem dois tipos de tratamento para hipermetropia.
As lentes corretivas geralmente são a primeira opção. Os óculos ou mesmo as lentes de contato compensam o erro, fazendo com que a imagem seja formada de maneira correta.
Para aqueles pacientes que tenham mais de 18 anos e grau estabilizado, pode ser indicada a cirurgia refrativa. O procedimento corrige a curvatura da córnea permitindo a conversão da luz sobre a retina. No entanto, nem sempre é possível garantir a independência das lentes refrativas.
Por se tratar de uma condição anatômica de influência genética, é um tanto quanto desafiador falar em prevenção.
Diante disso, a melhor forma de evitar complicações, é realizar visitas periódicas ao oftalmologista, especialmente se você apresenta histórico familiar para o problema. O diagnóstico precoce evita complicações e garante um bom prognóstico.